Quando acabei de ler a crônica "O Baú da Minha Mãe", de João Ferreira, um mineiro que tornou-se diademense nos anos 1980; decidi compartilhar a experiência que vivi com essa leitura. A afetividade permeia cada parágrafo dessa narrativa que transporta o leitor em uma viagem no tempo, através de seu texto profundamente sinestésico. O mais interessante é que o autor não tinha a pretensão de escrever uma crônica, apenas quis esclarecer a origem de um acervo de artes plásticas que iniciou pela reciclagem do velho baú no qual sua mãe, dona Maria, "guardava as cobertas enquanto o frio não vinha assolar", mas após sua morte o autor "guardou livros, depois discos, revistas em quadrinhos, foi [...] por várias casas" e, finalmente, guardou os brinquedos da neta que dona Maria não chegou a conhecer. As tábuas do velho baú deram origem às obras Mata Manacá, Da Idade da Pedra à Era da Incerteza, Belchior e John, Lava Pedra, Energia Maria, Pirenópolis ou São Luis do M
Alguns anos atrás eu fazia parte da equipe técnica de uma indústria química estadunidense. Em nossa sala havia um quadro com as seguintes palavras: Teoria é quando sabe-se tudo, mas nada funciona. Prática é quando tudo funciona sem ninguém saber por quê. Aqui, juntamos as duas coisas! Nada funciona e ninguém sabe por quê. Jocosidade à parte, essa parece ser a realidade de muitos órgãos da administração pública brasileira. Nada funciona e ninguém sabe por quê. Embora brincássemos com as palavras, nós sempre descobríamos porque algo não estava funcionando e colocávamos para funcionar. Esse era o nosso trabalho. O segredo? Conhecimento! Exatamente como acontece em qualquer empresa, na gestão pública também encontramos “coisas” que não funcionam adequadamente e cabe aos gestores públicos descobrir o por quê e colocá-las para funcionar. Para isso, esses profissionais necessitam de conhecimento. Algumas iniciativas buscam disseminar conhecimento da área de gestão pública e merecem reconhecim